¨Ijime¨, Abandono Escolar e os Direitos das Crianças:
A necessidade de valorizar a diversidade
6 de Fevereiro, domingo, das 13:00 ~ 16:00 horas
Palestra e Simpósio no Fukushi Hoken Kaikan, em Kiryu
Convidada Especial: Psicóloga Ryoko Uchida
A Sra. Uchida é conhecida por seu programa na rádio NHK "Kodomo no Kokoro no Soudanin", é funcionária
de um Centro de Saúde Pública em Tóquio, como também atende em um consultório particular
junto a seus filhos.
Palestras-13:00~14:00, Simpósio-14:00~16:00
Facilitador: Presidente da NPO ¨Pass no Kai¨ - Minoru Yamaguchi
Palestrantes
l Yasushi Akuzawa- “Minha experiência como um pai”
l Erica Muramoto, professora responsável pelos alunos estrangeiros de Tamamura-Machi, Gunma - “Discriminação nas escolas japonesas”
l Cheiron McMahill, diretora da International Community School em Isesaki - “Lutando por uma educação multicultural alternativa”
l Ryoko Uchida音声を聞く, Crianças que sofreram discriminação.
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Entrada: Gratuita Materiais: 1000 ienes
Local:Kiryu-shi Hoken Fukushi Kaikan Tamokuteki Hall, Suehiro-cho 13-4, Kiryu.
Telefone: 0277(47)1152)
Organizadores: NPO ¨Pass no Kai¨ / ¨Multilingual Education Research Institute-(ICS)¨ /
¨Te o Tsunagu Kai¨
Para mais informações:
090-5822-8462 Minoru Yamaguchi
(em japonês e inglês)
“As crianças devem realmente frequentar a escola?”
Mensagem de Ryoko Uchida
Há uma longa história do governo nacional centralizar o controle da educação da escola pública no Japão. Isso tem contribuído para a profunda convicção, porém equivocada, na sociedade japonesa, de que os pais são obrigados a enviar seus filhos para as escolas japonesas, ou que as crianças têm a obrigação de ir à escola.
No entanto, a realidade é que a "obrigação" é para os adultos de garantir o direito das crianças em receber uma educação, não para enviar as crianças à escola. Como claramente consta na Lei Fundamental de Educação, no artigo 4, que ¨Todo o povo/nacional deverá ser igualmente provido da oportunidade de receber a educação de acordo com a sua capacidade, sem sofrer discriminação no âmbito educacional por motivo de sua raça, convicção, sexo, condição social, posição econômica ou origem familiar¨.
As crianças que já sofreram muito por não frequentar a escola sob esta noção equivocada da escolaridade obrigatória, estão agora pedindo a si mesmos os seguintes direitos:
1. O direito a educação
Temos o direito à educação. Temos o direito de decidir por nós mesmos se devemos ou não frequentar a escola. A escolaridade obrigatória/compulsória, significa que a nação e os adultos têm a obrigação de fornecer uma educação para todas as crianças. Isso não significa que as crianças são obrigadas a freqüentar a escola.
2. O direito de aprender
Temos o direito de aprender de acordo com os métodos que se enquadram a nós pessoalmente. Aprender significa saber alguma coisa de acordo com nossa vontade, não sendo forçado por outra entidade. Estamos sempre aprendendo muitas coisas através de nossa vivência.
(Extraído da "Declaração dos Direitos das Crianças que não Frequentam a Escola", pelos participantes em 2009, 23 de agosto, o Seminário Nacional de Intercâmbio das Crianças"Bao Bao".)
Se as escolas não são locais que assegurem os direitos à educação, que "respeita os valores individuais, desenvolve talentos individuais, promove a criatividade, nutre o espírito de autonomia e auto-suficiência, enfatiza a ligação entre trabalho e vida, e promove uma atitude de respeito para com trabalho ", (tal como indicado no artigo 2, 2º. parágrafo da Lei Fundamental de Educação), desta forma as crianças devem ter o direito de não frequentar, ou então de buscar outras possibilidades de educação e, ainda, os adultos são obrigados a proteger o direito de seus filhos.
A escolha não deve ser de ir à escola de qualquer forma, mas de ter a opção de não ir, e de escolher caminhos alternativos. Adultos e sociedade precisam informar as crianças de suas escolhas. Nós adultos também temos a responsabilidade de criar uma cultura para o futuro em que não existam rejeições as diferenças de cabelo, cor da pele e da cultura, mas para aprender a respeitar e apreciar a interação de diversos povos. Espero que até mesmo a minha palestra possa contribuir de uma pequena forma para isso.
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